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James Carroll

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  • James Carroll

    James Carroll
    Escritor e colunista do Boston Globe.

Embora tenha deixado o sacerdócio há mais de 30 anos, James Carroll continua a lutar contra os dois mil anos de história de antijudaísmo na Igreja Católica.  

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Transcrição

31 de janeiro de 2008

JAMES CARROLL: É muito importante para mim que um cristianismo reformado, autocrítico, ecumênico e respeitoso domine o mundo cristão no século 21. Neste exato momento, o mundo cristão está em guerra consigo  mesmo, em uma competição entre um fundamentalismo triunfalista e desdenhoso e o que se pode chamar de uma Igreja Emergente. 

A cruz em Auschwitz é um símbolo, realmente é um símbolo, mas um símbolo enganoso, equivocado e ignorante de um cristianismo que precisa ser deixado para trás. 

DANIEL GREENE: Embora tenha deixado o sacerdócio há mais de 30 anos, James Carroll continua a confrontar sua relação com a Igreja Católica. O polêmico livro de Carroll, entitulado “A Espada de Constantino”, é uma profunda análise pessoal do seu amor pelo cristianismo e do seu confronto com a história de dois mil anos de antisemitismo da Igreja. Este confronto ficou claro quando Carroll se deparou pela primeira vez com a enorme cruz de madeira que católicos ergueram no campo de extermínio de Auschwitz. 

Bem-vindo a Vozes Sobre o Anti-semitismo, uma série de podcasts do Museu Estadunidense Memorial do Holocausto, a qual foi possível graças ao generoso apoio da “Oliver and Elizabeth Stanton Foundation”. Meu nome é Daniel Greene. A cada duas semanas, convidamos um participante para refletir sobre as diversas maneiras como o anti-semitismo e o ódio afetam o mundo nos dias de hoje. Com a palavra, o escritor James Carroll. 

JAMES CARROLL: Para as primeiras gerações de cristãos, a cruz não era um símbolo importante. Pelo contrário. A cruz era, pura e simplesmente, um instrumento de execução. Ela era um símbolo de vergonha e desgraça. A cruz somente surgiu no imaginário cristão de forma poderosa com a conversão do [Imperador]  Constantino, no início do século quarto [da Era Cristã]. Ele ordenou que seus soldados remodelassem suas espadas e lanças em forma de cruz. Além disso, ele entrou no campo de batalha levando à sua frente este símbolo. De repente, a violência da cruz se tornou um parte da fé cristã. Encontramos nos Evangelhos um tipo de reversão triunfal do significado da cruz. Sim, é verdade. Mas, com o passar dos séculos, a cruz se tornou o emblema das expressões triunfalistas cristãs contra os judeus e o povo judeu. Com isto se  desconsiderava a história real: a de que a cruz era um instrumento romano para execuções [de condenados], e a de que ela era erguida pelos próprios romanos. Agora ela é usada contra os judeus. 

O Concílio Vaticano Segundo foi um confronto surpreendente, por parte da própria cúpula da Igreja   contra os fracassos dessa mesma Igreja. A manifestação mais importante de tal reconhecimento foi a encíclica  Nostra Aetate, em 1965 – promulgada durante o meu período de aprendizado para o sacerdócio –, uma declaração revolucionária afirmando que os cristãos não mais poderiam dizer que Jesus Cristo havia sido assassinado pelo povo judeu, além de declarar que a religião judaica continuava sendo válida. Pois bem, estas duas observações foram uma tremenda reviravolta em relação às afirmações básicas da doutrina católica e cristã, que remontavam quase ao período do Novo Testamento. 

Dito isto, é muito importante encarar o fato  terrivelmente desanimador de que o cristão típico do mundo de hoje em dia ainda tende a acreditar que "os judeus" assassinaram Cristo, e que a verdade cristã substituiu a judaica. Como evidência, basta observar a resposta fenomenal ao filme de Mel Gibson, “A Paixão de Cristo”. Mel Gibson exibiu claramente uma teologia que a encíclica Nostra Aetate havia repudiado. O filme simplesmente mostrou o quão arraigada está na psique cristã a ideia de se acusar o povo judeu pela crucificação.

A primeira vez que estive em Auschwitz foi em 1995. Eu fui até lá como qualquer católico de minha geração, preparado para o [horror] que veria, mas também sem  qualquer indulgência para com sentimentos melosos a esse respeito. 

A última coisa que eu esperava encontrar quando fui a Auschwitz estava pendurada na parede. Lá, os católicos poloneses haviam erguido uma enorme e pesada cruz de madeira. Logo me identifiquei com os judeus que a consideraram ofensiva. O fato de Auschwitz ser reivindicado pelos cristãos, mesmo que de forma implícita, é algo muito errado. 

O que os cristãos estão ali a dizer aos judeus? Os cristãos estão dizendo que as mortes dos que foram exterminados em Auschwitz são, de alguma forma, uma redenção, da mesma forma que os cristãos acreditam, que  a morte de Jesus foi uma redenção. Se é isso o que está sendo dito, trata-se de uma ofensa de incrível magnitude. Não existe redenção para as mortes de pessoas que morreram em Auschwitz. E ponto final. O horror não pode ser minimizado de nenhuma forma, nem envolto por um senso de piedade cristã. 

A pergunta que deve ser feita é: o que querem dizer sobre Jesus Cristo ao lá colocar o símbolo que a ele associamos, esse instrumento no qual ele morreu? O que está sendo dito com isto? Jesus de Nazaré em Auschwitz? Se ele tivesse estado em Auschwitz, ele teria estado lá simplesmente por ser judeu, um dos muitos judeus que morreram com um número [tatuado em sue braço] ao invés de ter um nome.

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