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Ilan Stavans

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  • Ilan Stavans

    Ilan Stavans
    Professor de Cultura Latina e Latino-Americana, no Amherst College

Ilan Stavans sempre se sentiu estrangeiro, no passado por ser um judeu criado no México, e atualmente por ser um mexicano que vive nos Estados Unidos.

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Transcrição

8 de maio de 2008

ILAN STAVANS: Nós sentíamos que já era hora de não sermos mais os recipients passivos de estereótipos que nos haviam imposto. Havia um orgulho, um sentimento de comprometimento em não sermos mais objeto de intimidação, de brincadeiras [de mau gosto], em não sermos mais os judeus da Diáspora no século 19, facilmente dobráveis e dignos de pena. 

DANIEL GREENE: Quando adolescente, no México, Ilan Stavans se tornou membro de um grupo chamado Bitakhon, o qual ensinava aos jovens judeus como se defenderem de agressões antissemitas. Aquela experiência definiu sua visão de si mesmo como um estrangeiro. Stavans ainda se considera um estrangeiro, uma pessoa que vaga – primeiro como um judeu que morava no México e agora como um mexicano que vive nos Estados Unidos – e ele se pergunta sobre a importância dos judeus conservarem a memória do período de perambulação pelo mundo. 

Bem-vindo a Vozes Sobre o Anti-semitismo, uma série de podcasts do Museu Estadunidense Memorial do Holocausto, a qual foi possível graças ao generoso apoio da “Oliver and Elizabeth Stanton Foundation”. Meu nome é Daniel Greene. A cada duas semanas, convidamos um participante para refletir sobre as diversas maneiras como o antissemitismo e o ódio afetam o mundo nos dias de hoje. Com a palavra, o Professor Ilan Stavans, do Ahmerst College. 

ILAN STAVANS: Cresci no México durante as décadas de 1960 e 1970. Na época, a comunidade judaica, devido a seu [pequeno] tamanho, era vulnerável. 

Nós, judeus que lá [México] chegamos ao final do século 19 ou no início do século 20, logo fomos expostos a um conjunto de estereótipos que existia muito antes de nossa chegada, desde a Inquisição, por todo o período colonial. Judeus= agiotas; judeus =  assassinos de Cristo. A própria comunidade [judaica] se sentia alvo de todos os tipos de agressões, geralmente verbais, por parte da mídia e, também, por parte de certos grupos políticos. 

Sem saber exatamente como reagir, a comunidade se organizou de uma forma que tentava encontrar ferramentas de defesa para qualquer tipo de violência que pudesse vir a surgir. 

No meu caso particular, me associei ao grupo Bitakhon durante a década de 1970. Nós costumávamos nos reunir à noite para efetuar treinos de vários tipos, e aprendemos a defender nossa comunidade de todos os tipos de eventualidades que pudessem vir a ocorrer. Às vezes, o grupo simplesmente saía para apagar pichações antissemitas; em outras ocasiões, a ação seguia uma vertente mais física, como quando confrontávamos alguém que tivesse atacado um membro da comunidade. 

Para uma pessoa como eu, um judeu da Diáspora, descendente de imigrantes do leste europeu, de fala iídische, a ideia de ter um exército secreto era, ao mesmo tempo, fortalecedora e assustadora. 

O foco de nosso treinamento era voltado principalmente para exercícios físicos, para que pudéssemos lutar com nossas próprias mãos, para que pudéssemos pular e nos esconder – nada muito mais sofisticado do que isso.  Esse é um dos motivos pelos quais hoje vejo aquilo como algo fútil, embora não pensasse assim naquela época. Nós pensávamos que estávamos sendo preparados [para nos defender], nos sentíamos fortalecidos, e que achávamos que poderíamos fazer algo. 

Mas seríamos realmente capazes de fazer algo? Ou, na verdade, a comunidade havia adotado uma estratégia mais psicológica do que militarista? 

De qualquer forma, olhando de forma retroativa sobre o  tempo que passei junto ao grupo Bitakhon, vejo que aquela experiência realmente moldou meu pensamento como um judeu da Diáspora, como um imigrante, como um estrangeiro. Lembro-me daqueles anos, e particularmente daquela experiência como algo profundo e crucial. 

A comunidade judaica mexicana é uma comunidade de imigrantes, e isto vai além do sentido mais simples e tradicional da palavra, pois havia uma mentalidade, uma sensação de que havíamos chegado, estávamos lá, éramos benvindos, éramos gratos ao México, à sua cultura, e a seu povo, mas éramos diferentes. Tínhamos a aparencia  diferente, agíamos de modo diferente, tínhamos  sobrenomes diferentes, nossas comidas eram diferentes… 

Além disso, havia sempre a sensação de que, se algo acontecesse – algo com "A" maiúsculo –, nós precisaríamos estar prontos. Nossas malas tinham que  estar prontas, precisávamos ter contas bancárias em outros países, precisávamos ter propriedades em Miami ou em Dallas… 

A mala pronta é a indicação de que você sempre carrega seus pertences, mesmo que não vá a lugar algum. Ou seja, em muitos sentidos, a memória que você tem do lugar em que nasceu e onde mora pode ser colocada em uma mala, pode ser transferida e é temporária. Não importa o período de tempo em que você tenha vivido  naquele lugar, suas raízes jamais deixarão de ser superficiais. 

Nasci imigrante, antes mesmo de me tornar um imigrante. Fui neto de imigrantes e, com o tempo, assim como meus avós, que imigraram da Polônia e da Ucrânia para o México, optei por deixar o México e vir para os Estados Unidos, mas decidi vir para cá e conservar minha singularidade como membro de uma minoria. 

Sou muito grato a este país. Sinto que sou parte dele, e tenho um compromisso para com ele. Mas, é este aspecto da vida da Diáspora judaica, da transitoriedade, de sermos viajantes eternos, de sermos andarilhos geográficos, que permanece em mim. 

Sinto uma certa nostalgia, ou desejo, de ver meus filhos passarem pelo que passei quando era criança no México – de que tenham a sensação de serem aceitos e não serem aceitos ao mesmo tempo. 

Assim, eles entenderiam a idéia de que o conceito de nação é moderno e transitório, e que nós, como judeus, hoje moramos nos Estados Unidos; amanhã moraremos em outro país, da mesma forma como vivemos na Babilônia, no Império Romano, no Bizantino, ou ainda na Polônia ou na Espanha. Contudo, iremos para outro país porque o que importa não é o lugar, mas sim o processo de viajar.

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